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Entrevista - Efetivação da lei de cota de gênero nos partidos é um grande desafio, afirma conselheira de Manaus/AM

26/01/2016

Brasília, 25 de janeiro de 2016 - Voz ativa nos debates preparatórios para a 4ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres (4ª CNPM), a conselheira Nacional dos Direitos da Mulher Isis Tavares Neves defende a efetividade das cotas para as mulheres nos partidos políticos e coligações. De acordo com a conselheira, apesar da exigência legal do mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada gênero para os cargos proporcionais, o número de mulheres ocupando espaços políticos ainda é muito tímido em todo o país.

“Nos partidos, as mulheres costumam ser grandes companheiras de luta, mas não são consideradas companheiras de poder. Em geral, os partidos fazem o chamamento para que as mulheres integrem as legendas, mas dificilmente elas são colocadas como presidentes partidárias. Quando saem candidatas, na maioria das vezes não são empoderadas com verbas e apoio suficiente para serem eleitas”, afirmou Isis, que representa a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) no Conselho Nacional.

De acordo com a conselheira, apesar dos avanços alcançados nos últimos anos, a disparidade de gênero nos espaços de poder ainda é o principal ponto da pauta para as mulheres brasileiras, que somam mais de 51% da população brasileira. “Ao sermos chamadas, esperamos que os partidos políticos respeitem a lei eleitoral, respeitem o tempo de televisão. Dentro dos partidos, as mulheres são colocadas para falar, fazem um almoço, distribuem rosas, vestem uma roupa bonita para acompanhar a chegada do líder do partido, mas a verdade, é que na maioria das vezes, só estão ali para cumprir cotas”, reclamou.

Conferência – As expectativas em torno da 4ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres, de acordo com a conselheira, é que seja feito um amplo debate, com bastante representatividade de todos os segmentos das mulheres de todo o país. “Nossas delegadas têm uma pluralidade muito grande. Vamos buscar referendar nossas conquistas e avanços do movimento de mulheres junto ao governo. Temos um acúmulo muito grande de debates e demandas. A diversidade de temas e pleitos é sempre a tônica que procuramos dar em todo o processo de conferencia”, explicou.

Temas como o enfrentamento à violência contra as mulheres, fortalecimento da democracia, combate ao machismo e acesso à saúde e educação, também deverão ficar no centro dos debates da 4ª CNPM, segundo Isis. “O machismo está arraigado na sociedade, é algo histórico e ideológico. Tem homens que já mudaram o comportamento, mas é algo que precisamos estar o tempo todo lembrando. Precisamos de uma revolução cultural. Por isso é importante discutir gênero nas escolas”, finalizou a conselheira.

A partir de janeiro de 2016, o portal da 4ª CNPM publicará entrevistas semanais com mulheres que possuem papel fundamental na garantia dos direitos das mulheres. A primeira entrevista é com a conselheira Nacional dos Direitos das Mulheres Isis Tavares Neves, de Manaus/AM.

Fonte: Site – www.spm.gov.br/4cnpm


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